Não foram apenas as nossas crianças que foram habituadas a avaliar o Natal pela quantidade de prendas recebidas e pelo seu valor pecuniário, prática que não só tem provocado rombos consideráveis nos orçamentos familiares, mas que, sobretudo, tem contribuído para a desnaturação do verdadeiro espírito do Natal. É que um Natal de prendas, é um Natal de coisas, de nadas, que depressa se esfuma, deixando-nos ainda mais vazios.
Para recuperarmos o espírito do Natal precisamos de entrar na corrente dos presentes mais que de prendas, na corrente do dom. E até nas actuais circunstâncias podemos encontrar uma ajuda, pois as restrições financeiras para aí nos podem encaminhar.
É também essa a mensagem da primeira leitura deste último domingo do nosso Advento. Com efeito, ao projecto do rei David em construir um templo para Deus, prontamente aprovado e apoiado pelo profeta Natã, responde Deus também prontamente, acrescentando uma série de promessas (farei que vivas em segurança; é o Senhor que vai fazer-te uma casa; a tua casa e o teu reino permanecerão eternamente; o teu trono será firmado para sempre) a quanto já tinha feito por ele (tirei-te da guarda dos rebanhos; estive contigo em toda a parte; exterminei diante de ti todos os réus inimigos).
E diz o texto que foi na noite que se acendeu a luz de todas estas promessas-dom de Deus!
No texto evangélico, Maria é-nos apresentada como aquela que se oferece a Deus com um coração humilde e disponível. Era o que dela se afirmava, poucos dias atrás, a respeito da sua Conceição imaculada: “nem medo, nem recusa, perturbaram a graça que em ti cumpre a sua obra. Ofereceste a Deus aquele silêncio, onde habita a Palavra”.
Como Maria, também nós precisamos de nos abrir aos dons que Deus nos oferece, Ele que, no seu Filho, o Emanuel, se faz presente para todos nós! É na escola deste Deus que se faz ‘presente’ para todos os homens e na companhia de Maria, que nós podemos acolher este PRESENTE e fazermo-nos nós também ‘presente’ para os outros, particularmente os mais sós, os mais pobres, os mais abandonados.
De facto, é na Escola do Presépio que nós aprenderemos a fazer-nos ‘dom’ para os outros, a darmo-nos através do que damos e fazemos, a experimentar o que S. Paulo afirma: “há mais alegria em dar do que em receber”. As prendas mantêm-nos na lógica do receber, ao passo que o presente transporta-nos para o reino do dom, da gratuidade, onde brilha a luz daquele Deus que, em Jesus, se fez ‘presente’, isto é, EMANUEL!
Pe. José de Castro OliveiraPara recuperarmos o espírito do Natal precisamos de entrar na corrente dos presentes mais que de prendas, na corrente do dom. E até nas actuais circunstâncias podemos encontrar uma ajuda, pois as restrições financeiras para aí nos podem encaminhar.
É também essa a mensagem da primeira leitura deste último domingo do nosso Advento. Com efeito, ao projecto do rei David em construir um templo para Deus, prontamente aprovado e apoiado pelo profeta Natã, responde Deus também prontamente, acrescentando uma série de promessas (farei que vivas em segurança; é o Senhor que vai fazer-te uma casa; a tua casa e o teu reino permanecerão eternamente; o teu trono será firmado para sempre) a quanto já tinha feito por ele (tirei-te da guarda dos rebanhos; estive contigo em toda a parte; exterminei diante de ti todos os réus inimigos).
E diz o texto que foi na noite que se acendeu a luz de todas estas promessas-dom de Deus!
No texto evangélico, Maria é-nos apresentada como aquela que se oferece a Deus com um coração humilde e disponível. Era o que dela se afirmava, poucos dias atrás, a respeito da sua Conceição imaculada: “nem medo, nem recusa, perturbaram a graça que em ti cumpre a sua obra. Ofereceste a Deus aquele silêncio, onde habita a Palavra”.
Como Maria, também nós precisamos de nos abrir aos dons que Deus nos oferece, Ele que, no seu Filho, o Emanuel, se faz presente para todos nós! É na escola deste Deus que se faz ‘presente’ para todos os homens e na companhia de Maria, que nós podemos acolher este PRESENTE e fazermo-nos nós também ‘presente’ para os outros, particularmente os mais sós, os mais pobres, os mais abandonados.
De facto, é na Escola do Presépio que nós aprenderemos a fazer-nos ‘dom’ para os outros, a darmo-nos através do que damos e fazemos, a experimentar o que S. Paulo afirma: “há mais alegria em dar do que em receber”. As prendas mantêm-nos na lógica do receber, ao passo que o presente transporta-nos para o reino do dom, da gratuidade, onde brilha a luz daquele Deus que, em Jesus, se fez ‘presente’, isto é, EMANUEL!
pe.castro@espiritanos.org
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