sábado, 3 de dezembro de 2011

2º DOMINGO DO ADVENTO

2º Domingo do Advento
Pe. José de Castro Oliveira
pe.castro@espiritanos.org

Neste Advento, a figura de João Baptista acompanha-nos ao longo de dois domingos. Com ele, com Maria e com o profeta Isaías vamos em boa companhia!

De facto, os textos de hoje incidem particularmente na pessoa do Precursor - anunciado pelo profeta Isaías e apresentado no evangelho já a desempenhar a sua missão. O realce dado ao seu vestuário e alimentação é um hino à simplicidade e à frugalidade e que podem ser inspiradoras para os tempos de crise em que vivemos.

Mas era para esta figura, diríamos, ‘grotesca’ que as multidões acorriam! Valeria a pena perguntarmo-nos porque é que os homens e as mulheres de hoje não correm atrás de nós, cristãos, nem acorrem às nossas igrejas...

Com razão S. Pedro recomenda: “como deve ser santa a vossa vida e grande a vossa piedade”, vivendo de forma empenhada, isto é, “sem pecado, nem motivo algum de censura”, já que esperamos “os novos céus e a nova terra”. É esta falta de coerência e de testemunho que mais descredibiliza a Igreja que somos todos nós.

Por isso, mais do que ver e apontar nos outros os buracos a serem tapados, e as colinas e montes a serem abatidos, empenhemo-nos em endireitar os nossos caminhos tortuosos e em aplanar as nossas veredas escarpadas.

Então, e só então, poderemos gritar de verdade que o nosso Deus vem “com poder para apascentar o seu rebanho” e que, por isso, a sua vinda é fonte de consolação!

Que este Advento dê mais credibilidade à nossa voz, reforçando-a com a coerência da nossa vida! Para aí nos aponta D. Anacleto na sua Carta Pastoral, quando afirma que há “pessoas que, embora nada ou pouco querendo saber de Cristo, d’Ele necessitam e até, talvez sem disso terem consciência, por Ele esperam. Também elas o que querem é viver – a mesma vida ilimitada pela qual eu tanto luto e que só Cristo pode oferecer. Pode e quer, Ele e Deus.
Foi por todo este mundo, e para que tenham esta vida, que Cristo deu a sua vida – e continua a dá-la. Neste caso, através da sua Igreja, do testemunho de cada um dos seus membros – o testemunho que eu não posso deixar de dar, tal é a força do amor que pulsa em mim” (nº 42)

Pe. José de Castro Oliveira
pe.castro@espiritanos.org



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