sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

FALECIMENTO DO PE. ANTÓNIO BOTELHO - DADOS BIOGRÁFICOS

P António Cardoso Botelho
12.02.1918 / 19.01.2012

Natural de Formilo, Tarouca, onde nasceu em 12 de fevereiro de 1918, ou seja, há quase 94 anos. Filho de António Pereira Peralta e de Ana Bernardo Botelho, entrou no Seminário das Missões do Espírito Santo, de Godim, no dia 1 de Outubro de 1931, atribuindo a sua vocação à conversa com um sacerdote. Logo no primeiro ano, os superiores anotam a sua boa saúde, a sua virtude e piedade e sobretudo a firmeza da sua vocação missionária.
Seguiu o currículo normal dos estudos e fez o noviciado no Fraião, onde professou em 8 de setembro de 1938. A ordenação sacerdotal foi em Braga, em 19 de dezembro de 1942, depois de ter completado em Viana do Castelo os cursos de Filosofia e Teologia.
Os primeiros 23 anos da sua vida apostólica missionária desenvolveram-se na formação de futuros Sacerdotes e Irmãos: um ano de professor no Fraião, sete anos em Godim, onde foi subdirector e ecónomo durante os tempos difíceis da guerra e do pós-guerra.
Regressou ao Fraião em 1951, aí permanecendo 15 anos, com diversas funções: professor, mestre de noviços, ecónomo e superior. E quando se oficializou a Escola Agrícola dos Irmãos, no Espadanido, foi a Coimbra tirar um curso para poder ser o director da Escola. 
Em 1966, assume a administração da LIAM, em Lisboa, colaborando com o P. José Felício na passagem do Filme «Uma Vontade Maior» em diversos Liceus e Escolas.
Só aos 54 anos conseguiu realizar sonho de ser missionário no terreno concreto da Missão. Foi em 1972 para Cabo Verde. Paroquiou Santa Catarina durante dois anos e depois seguiu para o Maio, para a única paróquia da Ilha. Aí esteve 18 anos. Construiu um Jardim Infantil incluído no Lar Paroquial, que foi modelo para toda a Ilha.
Em 1994 foi colocado na Paróquia de Pedra Badejo, até 2009, quando a saúde e a idade o aconselham a regressar a Portugal..
E voltou para o Fraião, para o Lar Anima Una onde pelas 21.00 h do dia 19 de janeiro o chamou para “o gozo do seu Senhor”.
Quem teve a dita de conhecer e conviver com o sr. P. Botelho, sempre encontrou nele um amigo disponível, simpático, respeitador e sempre a irradiar alegria. Mesmo nos tempos difíceis de ecónomo do Fraião nos tempos da guerra. As bocas a alimentar eram muitas, mas era maior a sua confiança na Providência. O sr. P. Botelho era um homem de oração, de intimidade com Deus.
Agora que goza do “face a face com Deus”, certamente que nos recordará a todos e por todos pedirá as melhores bênçãos e graças do Pai, em particular para os familiares, para os antigos alunos que ajudou a formar em direção à vida religiosa, sem esquecer o seu querido Cabo Verde, último campo de apostolado ativo, porque na doença continuou o apostolado do oferecimento de si mesmo. 
Ó Maria, Rainha das Missões!
Dai-nos muitos e santos missionários!

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