terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ORAÇÃO PELA CANONIZAÇÃO DO BEATO DANIEL BROTTIER

Ó Deus, que enchestes o coração do Vosso servo Daniel Brottier com o fogo do Espírito Santo, tornando-o missionário heróico, capelão lendário e pai de orfãos, para Vossa maior glória e para a edificação da Igreja, concedei-me a graça de viver, como ele, a caridade activa e generosa para a salvação do mundo. Senhor, eu Vos louvo pelas maravilhas que operastes neste Vosso servo, a quem concedestes tudo, porque nada Vos recusou. Eu Vos suplico que me concedais as graças espirituais e materiais que, por sua intercessão Vos peço (Expor a Deus por escrito, por intercessão do Pe. Daniel Brottier, as graças pretendidas)

FESTA DO BEATO DANIEL BROTIER, ESPIRITANO

PALAVRAS DE DANIEL BORTIER
“Não compliqueis a vida espiritual; complicamo-la frequentemente. E, todavia, é uma coisa muito simples. A vida espiritual é feita de pequenas coisas: o cumprimento do nosso dever de estado para agradar a Deus. Deste modo, estamos constantemente unidos a Ele e aperfeiçoamo-nos com a Sua graça”
Beato Daniel Brotier




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

OS 10 MANDAMENTOS DA QUARESMA


1º - Fazer a nossa Oração com fé e atenção, evitando as distracções. Rezar com Confiança e com sentido de dependência de Deus.

2º - Oferecer a Deus em sacrifício algum pequeno gosto na Alimentação ou na Bebida, de modo a não prejudicar as forças físicas de que precisamos para trabalhar a fim de ajudar os nossos irmãos mais pobres e necessitados.

3º - O sacrifício que podemos e devemos fazer no vestuário. Vestir com decência e modéstia, sem nos deixarmos escravizar pelo último grito da moda.

4º - Suportar com serenidade as contrariedades que surgem no nosso caminho: palavras desagradáveis, sorrisos irónicos e trocistas, um desprezo ou uma falta de atenção, divisão e incompreensão da família ou vizinhos...

5º - Suportar de boa vontade a companhia daqueles que nos são antipáticos e nos desgostam, daqueles que nos contradizem, molestam e chateiam com perguntas indiscretas ou talvez mal-intencionadas.

6º - Saber perdoar do fundo do coração aos nossos inimigos e mostrar um verdadeiro arrependimento que leva à conversão de vida.

7º - Deixar aqueles Vícios que nos prendem às coisas do mundo e nos impedem de caminhar livres e responsáveis.

8º - Fazer uma verdadeira Renúncia Quaresmal, privando-me de algo, a fim de estar mais solidário com os Pobres e irmãos necessitados.

9º - Fazer uma boa Confissão pessoal onde faça a análise da minha vida cristã em todos os seus aspectos.

10º - Tomar consciência que sou dependente de Deus e da Sua Graça e por isso, a necessidade de me Reconciliar mais vezes ao longo de toda a minha Vida.
Pe. Nuno Miguel, Cssp

EM SANTIAGO: QUARTA-FEIRA DE CINZAS: DIA DE JEJUM OU DIA DE FESTA?


    É do comum conhecimento que a quarta feira de cinzas é o dia que a Igreja, em todo o mundo, assinala o começo da quaresma, quarenta dias de preparação para a festa da paixão, morte e ressureição de Jesus Cristo. É também sabido que, no dia de quarta feira de cinzas, a Igreja assinala esse início com uma celebração de imposição de cinzas, sendo um dia de jejum e abstinência.
    Porque é que, na ilha de Santiago, esse dia, desde há muito, e cada vez mais, tornou-se um dia de grande festa, de grandes comidas e bebidas, indo contra o espírito de jejum e abstinência proclamado nesse dia para toda a Igreja?   
    A este respeito deixo aqui um pequeno excerto de um artigo publicado em 2009 no  jornal “Expresso das Ilhas”:
De facto espanta aos habitantes das outras ilhas a quantidade de géneros alimentícios que se ingere em Santiago, justamente no dia em que se devia jejuar. Neste dia não deve faltar em nenhuma mesa o peixe seco, cúscús com mel e outros produtos da terra. Como se explica a perversão, na ilha de Santiago, do sentido religioso desta festa que marca o início da Quaresma, um período de jejum de 40 dias que serve de preparação para a solenidade da Páscoa, a festa máxima dos cristãos.
Para o investigador da cultura cabo-verdiana, José Maria Semedo, a explicação deste fenómeno, que se situa unicamente na ilha de Santiago, tem origem na Idade Média. Durante o período de penitência que ia das Cinzas até à Páscoa, só se comia coisas pobres e numa única refeição diária. Depois formou-se a tradição em fazer no dia de Cinzas penitência em não comer coisas caras e o excedente financeiro distribuído aos pobres. "Daí que na nossa sociedade escravocrata, os proprietários não comiam carne nesse dia e davam aos escravos repasto abundante. Sem carne é certo, mas em grande quantidade peixe seco, verduras, etc",
explica José Maria Semedo.
Aqui em Cabo Verde, sobretudo na ilha de Santiago, numa tradição que remonta à época escravocrata, Cinzas assumiu-se como um dia em que os proprietários dos escravos evitavam de comer em plenitude e ofereciam aos seus escravos o máximo de comida possível. Mas, à semelhança das outras ilhas onde não se estabeleceu a tradição do pantagruélico repasto, a regra era a mesma: uma única refeição diária. O excesso, conforme José Maria Semedo é para compensar em quantidade a penitência. "Isso justifica um pouco o volume, porque no dia de Cinzas, também na ilha de Santiago, só se come uma vez. Mesmo para os que tomam a festa como o dia de encher o bandulho, só comem, nesse dia, entre as duas e as três da tarde e acabou. Só irão comer no dia seguinte". Quem comer duas ou três refeições diárias, está a desvirtuar completamente a tradição, explica o investigador”.
Depois desta possível esplicação, várias questões se levantam: Será que tudo isto não culide com o sentido penitencial proclamado pela Igreja para todos os quatro cantos do mundo? Porque é que na ilha de Santiago, os cristãos, neste dia, se auto-dispensam de jejuar e de fazer abstinência? Porque é que em algumas partes da ilha de Santiago, as Autarquias estão a aproveitar esta ocasião para promover autênticos festivais de gastronomia e afins? Qual deve ser a posição dos nossos cristãos e da nossa  Igreja? Será que o nosso Pastor não deveria ter aqui uma palavra de alerta e de chamada de atenção sobre este assunto? Como ajudar os cristãos a serem fiéis, não às tradições ditas “culturais”, mas ao verdadeiro espírito desse dia?
Tudo perguntas para nos ajudar a reflectir e a pensar no verdadeiro espírito da quarta feira de cinzas, início de tão importante tempo para a Igreja, a quaresma.
Pe. Nuno Miguel, Cssp

DEZ SÍMBOLOS DA QUARESMA

 A quaresma começa, precisamente, com um símbolo bem conhecido e consolidado: a Cinza, que nos lembra a condição efêmera da vida e seu destino de eternidade em Deus. A Cinza de cada ano, recorda também a árvore da Cruz Ressuscitada da Vigília Pascal do ano anterior.
1.- A quaresma é DESERTO. É aridez, solidão, jejum, austeridade, rigor, esforço, penitência, perigo, tentação.
2.- A quaresma é PERDÃO. As histórias bíblicas de Jonas e de Nínive e a parábola do filho pródigo são exemplos dele.
3.- A quaresma é ENCONTRO, é abraço de reconciliação como na parábola do filho pródigo ou na conversão de Zaqueu ou no diálogo de Jesus Cristo com a mulher adúltera.
4.- A quaresma é LUZ, como se põe em evidência, por exemplo, no evangelho do cego de nascimento. É a passagem das trevas para a luz. Jesus Cristo é a luz do mundo.
5.- A quaresma é SAÚDE, símbolo manifestado nos textos como na cura do paralítico ou do filho do centurião.
6.- A quaresma é AGUA. É a passagem da sede de nossa insatisfação para a água viva, a água de Moisés ao povo de Israel no deserto ou de Jesus à mulher samaritana.
7.- A quaresma é superação vitoriosa das provas e dificuldades. É LIBERTAÇÃO, TRIUNFO. Algumas figuras bíblicas, que sofrem graves perigos e vencem na prova, são José filho de Jacó, a casta Suzana, Ester, o profeta Jeremias e, sobretudo, Jesus, tentado e transfigurado.
8.- A quaresma é CRUZ. Sinal e presença permanente durante toda a quaresma. Prefigurada no Antigo Testamento e manifestada com o exemplo de Jesus Cristo e com seu convite de carregá-la como condição para o seguimento.
9.- A quaresma é TRANSFIGURAÇÃO. É a luz definitiva do caminho quaresmal, preanunciada e vivida na cena da transfiguração de Jesus. Pela cruz para a luz".
10.- A quaresma é o esforço para retirar o fermento velho e incorporar a FERMENTAÇÃO NOVA DA PÁSCOA RESSUSCITADA E RESSUSCITADORA, agora e para sempre.
Pe. Antônio G. Dalla Costa, CS

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

INTER-NOVICIADO, UM MOMENTO IMPORTANTE


O noviciado é um ano de aprofundamento da nossa relação com Deus e da nossa vocação. É tambem um ano de iniciação à vida religiosa. Um dos momentos importantes do noviciado é o internoviciado (encontro de noviços de várias congregações religiosas). Ele é importante por várias razões:
Em primeiro lugar, os temas e os palestrantes que os desenvolvem. Na apresentação dos temas, que são muito importantes para a vida religiosa, os palestrantes falam-nos de suas experiências com “os pés assentes na terra" para não nos levar para um ideal de vida religiosa que pode ser decepcionado na nossa vida concreta de religiosos e religiosas. Às vezes, nós mesmos, os noviços, chegamos com um ideal de vida religiosa muito alto e, graças à simplicidade e abertura dos palestrantes, confiamos-lhes as nossas inquietudes, as nossas perguntas e eles tentam nos colocar na realidade das coisas, mostrando-nos que a vida religiosa perfeita não existe, pois ela é vivida por homens que são imperfeitos. A perfeição da vida religiosa constrói-se cada dia. Os palestrantes apresentam-nos também o essencial da vida religiosa e como viver esta vida com as nossas falhas, sem se esquecer que Aquele que nos chama, Deus, nos dá as ferramentas necessárias para vivê-la e trabalha em nós se nos abrimos a Ele.
Outro ponto importante do internoviciado é a convivialidade e a partilha entre nós noviços. O internoviciado é um momento em que compartilhamos nossas experiências e encorajamo-nos uns aos outros. Isto tem um grande impacto em nós, porque estamos na mesma caminhada e todos buscamos responder ao apelo que nos foi feito. A convivialidade e a partilha fazemo-las na internacionalidade e na interculturalidade, pois somos um grupo muito internacional e intercultural.
O nosso mundo de hoje está cada vez mais internacional e intercultural. E a vida religiosa vivida neste mundo, também se torna cada vez mais internacional e intercultural. As relações internacionais e interculturais são, em geral, uma vantagem para a vida e a relação humana. No entanto, elas trazem problemas também. Um provérbio diz: onde há seres humanos, há problemas. Nem sempre é fácil viver em comunidades internacionais mas é possível, e a realidade social e religiosa de hoje nos obriga a isso. Assim sendo, o facto de estar num grupo internacional e intercultural nos prepara desde já para o futuro. E, além disso, como religiosos, eu acho que temos o dever de mostrar para a sociedade que é possível viver a internacionalidade e a interculturalidade, que são um benefício para o homem, apesar dos desafios que nos trazem, ou melhor, graças aos desafios que elas trazem.
Graças ao internoviciado conheci várias congregações religiosas que não conhecia antes e que de outro modo jamais conheceria. Isso me fez ver também a diversidade, a riqueza dos dons do Espírito Santo que inspirou os fundadores e fundadoras a responderem às necessidades sociais e ao desejo de viver mais profundamente o Evangelho. O corpo, segundo a São Paulo, tem muitos membros e cada um tem a sua função, mas formam um todo que é o corpo. Isto é verdade também na vida religiosa. Existem várias formas de vida religiosa e diferentes formas de vivê-la, mas todas elas têm o mesmo objetivo (viver e testemunhar o Evangelho) e a mesma cabeça que é Cristo. O internoviciado nos permite perceber isso e melhorar o nosso relacionamento. O povo diz, e com razão, a união faz a força. Assim, unindo-nos podemos superar as dificuldades e testemunhar melhor a vida de Cristo.
Aqui está o que me faz dizer que o internoviciado é importante. E agora posso dizer com confiança que o internoviciado é uma vantagem para nós os noviços, para nossas congregações e para toda a Igreja. Na verdade, a Igreja quer a unidade e a cooperação entre os religiosos para o seu bem e o seu crescimento.

Elson, Vá

A VONTADE DE DEUS PARA CADA HOMEM


Desde sempre ouvi dizer que a juventude é a etapa mais bonita da vida. É nesta etapa que tomamos decisões que são para o futuro e procuramos descobrir a vontade de Deus para nós, se bem que isto se faz durante toda vida. O que complica as coisas é descobrir a “verdadeira vontade de Deus” para mim. Como todos os jovens desde da minha tenra idade tive o desejo de descobrir a vontade de Deus para mim. Na minha cabeça, como na cabeça de muitos, Deus tem um destino para mim e por isso tenho que descobrir e ter a certeza de qual é, pois caso contrário não serei feliz. Isto paralisa muitos jovens na descoberta da sua vocação. Pois, pensamos que Deus tem um programa feito para cada um de nós, guardado em algum lado, e nos só temos que descobrir e cumprir o programa como se a liberdade humana recebida do próprio Deus não contasse. Como diz Michel Rondet, num artigo “Dieu a-t-il sur chacun une volonté particulière”, por vezes parece que Deus nos meteu no meio de um cruzamento de várias direcções onde uma só é boa e temos que a descobrir sem ter meios que nos dão a certeza de qual será. Isto dá a imagem de um Deus “mau” pois poderia ao menos nos deixar meios para descobrimos e termos a certeza de qual é a nossa vocação.
Isso tudo que imaginamos de uma vontade de Deus para cada um, à qual estamos “condenados” e que a nossa resposta pouco importa, é falso. Por outro lado, isto não significa que Deus não tenha uma vontade para nós. Sim, Deus tem uma vontade para nós. A vontade de Deus para cada homem é que ele VIVA, isto é, que ele seja feliz vivendo en harmonia com Ele numa relação de amor recíprocro, onde Ele, Deus,  nos ama primeiro livremente mas quer, precisa da nossa resposta Pessoal de uma forma livre. A liberdade gera a liberdade, portanto a liberdade de Deus gera a liberdade humana. E por isso, devemos de uma forma livre escolher o caminho que nos leva até a Vida. Qualquer escolha que fizermos, desde que nos leve à VIDA e nos torne livres, ou seja, desde que ela introduza na minha vida uma coerência e sentido e que ela unifique o meu passado abrindo o meu futuro, ela se encontra com a vontade de Deus. Porém, é preciso discernir, i.e., entrar no mais profundo de nós mesmos para descobrir os efeitos que nos indicam o caminho que nos levam à felicidade e a amar mais. O discernimento não elimina as dificuldades que vêm com a nossa escolha de vida. Essas dificuldades até nos ajudam a crescer no nosso caminhar, a amar  Deus e o outro melhor ainda. O discernimento vai-nos ajudar a encontrar a nossa “rocha” sobre a qual nos devemos apoiar para ultrapassar as dificuldades e ser felizes pela vida. Discernir não é ter a certeza absoluta – que nunca temos – do caminho a seguir, mas sim encontrar a base necessária para se lançar em direcção da felicidade, confiando no amor de Deus que quer exactamente que sejamos felizes.
ELSON, VÁ

RECICLAGEM DO CLERO DA DIOCESE DE SANTIAGO


Durante esta semana, os Sacerdotes Diocesanos e Religiosos que trabalham na Diocese de Santiago estiveram reunidos no Seminário Diocesano S. José para mais uma actualização do clero. Numa linha de preparar meios e mecanismos em ordem a uma NOVA EVANGELIZAÇÃO, dois foram os instrumentos de trabalho: A Exortação apostólica "Africae Munus" e os Lineamenta da XIII Assembleia Geral  Ordinária "A Nova Evangelização para a transmissão da Fé cristã". Orientador desta formação, o Sacerdote Pe. Daniel, português, do Verbum Dei.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

9º DIA DA NOVENA


9º - DIA DA NOVENA A LIBERMANN – HOMENS DE CARIDADE
“Procurai, meus irmãos, ser um só coração e uma só alma, para terdes as bênçãos de Deus. Lembrai-vos continuamente da palavra de  amor do Salvador: É por isso que todos saberão que sois meus díscipulos: se vos amardes uns aos outros (Jo. 13, 35). Lembrai-vos sempre de que sois apóstolos deste divino amor. O tesouro mais precioso que possais ter é este  amor de Jesus, com que vos amais mutuamente, amor que não é carnal, pois a natureza procura sempre os próprios interesses (…). Filhos de Deus, amai-vos uns aos outros e fareis maravilhas. Sede francos uns para com os outros. Não sejais duros, bruscos mutuamente, e que a caridade do Sagrado Coração da nossa boa Mãe seja o vínculo habitual unr-vos em Jesus Cristo.
Seja caritativos para com todos, humildes e pacíficos no mais íntimo do seu ser”.
OREMOS
“Adorável Jesus,
Já experimentei, de modo admirável,
A vossa bondade, o vosso amor,
A vossa doçura e a  vossa compaixão,
Ternas e incompreensíveis,
Pelos piores pecadores.
Jesus, quero abri-vos o meu coração,
Confessar-vos todos os meus crimes
E horríveis maldades;
E humilhar-me, por isso, diante de Vós,
De rosto prostrado por terra.
Dai-me, por favor,
O vosso santo e delicioso amor,
Embora seja demasiado pecador
Para que mo concedais”.
Libermann